segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Pensamentos



O que fazer? Muitas vezes não sei. Se você também não sabe, bem vindo ao meu mundo! Quer um consolo? Confio mais em que não sabe do que em quem sabe tudo. Muita certeza é sinal de pouca reflexão. Não mudar muito é sinal de pouco pensar, de pobreza interior, mas ser inquieto demais não é bom também, o ideal seria o equilíbrio, mais quem disse que somos feitos para o  equilíbrio? Cheio de imperfeição o ser humano sofre e a maior parte do seu sofrimento é desnecessária, é por coisas banais, que nem vale a pena. O que os outros vão pensar de mim? Não deveríamos nos fazer essa pergunta. Também não deveríamos indagar a Deus, a nós mesmos ou a quem quer que seja, por que isto está acontecendo comigo? Será que tudo tem que ter um porquê? Será que saber o porquê das coisas é sempre relevante? Ou em alguns casos isso não muda nada. Por que, por que, por quê?
Muitas vezes não vivemos a própria vida, ficamos presos a esquemas de pensamentos, bloqueados, sem criatividade, sem ousadia, com medo de arriscar, claro que prudência é bom, mas quando vira covardia...
Nossa vida não deve ser desperdiçada com medos excessivos, nem tão pouco com imprudência. É sempre bom examinarmos nossos medos e desconfianças ou a falta deles. Se você não tem alguém em quem confiar, procure urgentemente, seja um amigo, um parente, a pessoa amada, sei lá. Não é possível um ser humano vivendo como uma ilha. Será que não há alguém próximo querendo compartilhar alguma experiência? A experiência humana não existe sem a troca, sem o intercâmbio. Precisamos ter fé, acreditar, arriscar confiar em alguém, nem que seja para nos darmos a oportunidade de nos decepcionarmos, de nos magoarmos, de nos surpreendermos, tanto para o bem quanto para o mal.
Muito da nossa insegurança se dá por não conhecermos o futuro, o amanhã é sempre uma surpresa, se é surpresa então é carregado de possibilidades e aí está a graça, sem graça para mim seria saber de antemão o vai acontecer, mas tem gente que vai consultar o futuro, seja em cartomante, nos horóscopos ou por outro meio, eu entendo sua ansiedade e respeito suas crenças, mas, no filme “O vidente”, uma frase me chamou a atenção: “...o problema de ver o futuro é que toda vez que olhamos para ele, por que olhamos, ele muda.”. Queremos ter o controle de tudo e saber que não o temos, pelo menos em parte,  nos incomoda, mas que bom que é assim. Já pensou, se tudo dependesse de nossa vontade, o que faríamos? É claro que precisamos de previsibilidade, de planejamento, sem o qual não teríamos a menor chance de viver em sociedade, mas que bom que existe esta margem de incerteza, essa porção que foge do controle, essa válvula de escape.
Sempre que for possível, que tal viver, deixar rolar, relaxar, não estar nem aí. Apenas desfrutar a própria vida, nos dar férias a nós mesmos.




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