O que fazer? Muitas vezes não sei. Se você também não sabe, bem vindo ao meu mundo! Quer um consolo? Confio mais em que não sabe do que em quem sabe tudo. Muita certeza é sinal de pouca reflexão. Não mudar muito é sinal de pouco pensar, de pobreza interior, mas ser inquieto demais não é bom também, o ideal seria o equilíbrio, mais quem disse que somos feitos para o equilíbrio? Cheio de imperfeição o ser humano sofre e a maior parte do seu sofrimento é desnecessária, é por coisas banais, que nem vale a pena. O que os outros vão pensar de mim? Não deveríamos nos fazer essa pergunta. Também não deveríamos indagar a Deus, a nós mesmos ou a quem quer que seja, por que isto está acontecendo comigo? Será que tudo tem que ter um porquê? Será que saber o porquê das coisas é sempre relevante? Ou em alguns casos isso não muda nada. Por que, por que, por quê?
Muitas vezes não vivemos a própria
vida, ficamos presos a esquemas de pensamentos, bloqueados, sem criatividade,
sem ousadia, com medo de arriscar, claro que prudência é bom, mas quando vira
covardia...
Nossa vida não deve ser
desperdiçada com medos excessivos, nem tão pouco com imprudência. É sempre bom
examinarmos nossos medos e desconfianças ou a falta deles. Se você não tem
alguém em quem confiar, procure urgentemente, seja um amigo, um parente, a
pessoa amada, sei lá. Não é possível um ser humano vivendo como uma ilha. Será
que não há alguém próximo querendo compartilhar alguma experiência? A experiência
humana não existe sem a troca, sem o intercâmbio. Precisamos ter fé, acreditar,
arriscar confiar em alguém, nem que seja para nos darmos a oportunidade de nos
decepcionarmos, de nos magoarmos, de nos surpreendermos, tanto para o bem
quanto para o mal.
Muito da nossa insegurança se dá
por não conhecermos o futuro, o amanhã é sempre uma surpresa, se é surpresa
então é carregado de possibilidades e aí está a graça, sem graça para mim seria
saber de antemão o vai acontecer, mas tem gente que vai consultar o futuro,
seja em cartomante, nos horóscopos ou por outro meio, eu entendo sua ansiedade
e respeito suas crenças, mas, no filme “O vidente”, uma frase me chamou a
atenção: “...o problema de ver o futuro é que toda vez que olhamos para ele,
por que olhamos, ele muda.”. Queremos ter o controle de tudo e saber que não o
temos, pelo menos em parte, nos incomoda,
mas que bom que é assim. Já pensou, se tudo dependesse de nossa vontade, o que faríamos?
É claro que precisamos de previsibilidade, de planejamento, sem o qual não
teríamos a menor chance de viver em sociedade, mas que bom que existe esta margem
de incerteza, essa porção que foge do controle, essa válvula de escape.
Sempre que for possível, que tal
viver, deixar rolar, relaxar, não estar nem aí. Apenas desfrutar a própria
vida, nos dar férias a nós mesmos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário