sexta-feira, 4 de outubro de 2013

PAPO MALUCO BELEZA

Memórias de Raul Seixas.

Eu nasci há dez mil anos atrás, estou aprendendo a ser louco e vou ficar com certeza maluco beleza, sou estrela no abismo do espaço,  mas prefiro mesmo é  ser essa metamorfose ambulante e não me pergunte por que, Deus, o tudo, o nada, o acaso, seja o que for.

Eu já consegui tudo o que quis e agora eu me pergunto e daí, tenho uma porção de coisas grandes pra conquistar e não posso ficar aí parado, mas não quero ser prefeito, pode ser que eu seja eleito e alguém pode querer me assassinar e pode  acreditar que eu não queria servir ao exército, mas, meu Deus, eu passo sete dias úteis traçando nove dias fúteis, fazendo planos de papel. E te peço, meu Pai,  se o medo da loucura, dessa estrada escura, me afastar da luz que me conduz, meu Pai, olha teu filho, meu Pai, ajuda o filho, meu Pai.

Às vezes sou a mosca que pousou na sua sopa, mas sei que pra passar a noite na cocheira tem que ter o mesmo cheiro do cavalo pra não incomodar, então entre e vem correndo para mim, meu princípio já chegou ao fim e o que me resta agora é o seu amor. 

Já falei de tantos números que até esqueci alguns, mas as coisas que falei não são lá muito comuns, falei que a solução é alugar o Brasil e que nós não vamos pagar nada, que o hoje á apenas um furo no futuro por onde o passado começa a jorrar, mas tente me ensinar de suas coisas, que a vida é séria e a guerra é dura, mas se não poder cale essa boca e deixe-me viver minha loucura.

Eu perdi o meu medo da chuva, mas conserve seu medo, sempre ficando sem medo de nada, pois o negócio é: saber que o mar não está pra peixe, sair pra pescar, dormir sem medo do outro dia que tá pra chegar.

E te digo, se você correu, correu, correu tanto e não chegou a lugar nenhum, bem-vindo ao século XXI.

Vou rasgar dinheiro, tocar fogo nele só pra variar, mas eu queria cantar o ano inteiro nesse carnaval, e fim de papo.





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