segunda-feira, 29 de julho de 2013

A VIOLÊNCIA ESCOLAR

Quem convive no ambiente escolar sabe, a convivência não é das mais tranquilas. Às vezes está tudo aparentemente sob controle e de repente estou uma confusão, uma agressão, física ou verbal, envolvendo duas pessoas ou mais. Em alguns casos o motivo que gerou o conflito é banal em outros casos não. O fato é que a falta de maturidade e o estresse do ambiente juntamente com certo número de pessoas disputando o espaço leva a este estado de ânimo. Até certo ponto, tudo isso é compreensível, o problema é que em muitos lugares a situação já saiu do controle, já atingiu um nível que se considera anormal, já se tornou banal o tratamento grosseiro, as ameaças, a intolerância, a falta de respeito para com o outro. Até mesmo os professores já não se sentem tão seguros num ambiente que dentro da normalidade teriam sua autoridade legitimada por todos.

 Realmente é muito grave que a violência numa instituição que tem como fim ensinar os nossos filhos o conhecimento, a convivência pacífica, os direitos e deveres de um indivíduo, a construção de um projeto de futuro de forma saudável, a escola, tenha virado campo de guerra, onde muitos sofrem bulling  e outros se sentem  agredidos física e moralmente, chegando em casa com necessidade de um alento, contando coisas que aconteceram no seu dia-a-dia escolar, com raiva e indignação, querendo vingar-se. Muitos de nós pais, mergulhados em nossos próprios problemas da vida adulta,  em vez de acalmar e dar conselhos, mostrar que a violência só gera mais violência, podemos perder essa boa oportunidade de criar uma cultura de paz. É essa cultura de paz, sobretudo no lar, que pode gerar pessoas melhores, capazes de conviver com mais tolerância, de respeitar as diferenças, de compreender o próximo. É se sentido compreendido e acolhido, primeiro por seus pais e familiares em casa, depois na escola, que a criança ou o jovem a prenderá a desenvolver tal conduta. Acredito que precisamos investir nas novas gerações, ficar atentos ao que está se passando com ela, cuidar enquanto é tempo. Se não for assim, aonde vamos parar? Vamos deixar que nossos filhos se percam para mundo das drogas ou das influências negativas de possíveis, que se desesperem, que percam a confiança em nós (pais e educadores) para tentarmos recuperá-los depois de já estarem  perdidos no meio do caminho?
A escola deixou de ser, se é que já foi, um ambiente de diálogo, de entendimento. Com certeza não é um lugar agradável, principalmente a sala de aula. Há muita pressão, imposição e pouco estímulo para uma fase em que as pessoas, crianças e adolescentes, são muito inquietas o que faz com que se sintam coagidas, limitadas pelos sistemas de ensino. Estes amentam a pressão preocupados em atingir metas, índices comparativos com os pares, passar para população uma ideia de eficiência e esquecem que estão tratando com seres humanos e seres humanos em formação. Por esquecerem-se de suas reais necessidades é que eles se sentem pouco ouvidos, pouco valorizados pelas escolas e reagem também com indiferença ou depreciação da instituição o que se torna agressivo para com os profissionais da área, sobretudo os professores, então vira um círculo vicioso que precisa ser quebrado urgentemente. Cada pessoa envolvida nesse processo precisa pensar em alguma forma de sair de círculo vicioso. Sei que não é fácil, se fosse, já teríamos conseguido, o que não podemos é  desistir, abandonar a luta, nos darmos por vencidos.

Sei que a violência é difícil de erradicar, mas, se todos nós nos juntarmos com essa meta, se cada um fizer sua parte em prol dessa causa, com diálogo e bons exemplos, poderemos pensar em um  futuro bem mais pacífico.  Isso pode ser possível, acredite!



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