sexta-feira, 30 de agosto de 2013

O trânsito brasileiro

Não restam dúvidas de que de o automóvel foi um dos inventos mais importante para o desenvolvimento econômico, social e por que não dizer cultural da humanidade. Mas infelizmente as criações humanas também trouxeram problemas graves para a sociedade principalmente nas mais atrasadas tanto no campo político como cultural como é o caso do Brasil. 
No caso da mobilidade a trajetória é incrível, do automóvel do início do século XX para o do século XXI, o número de veículos circulando, o tamanho das cidades, a velocidade. Hoje não se imagina mais o mundo sem eles. Mas os problemas gerados com essa evolução são gravíssimos e é muito difícil conviver com eles. Os países mais desenvolvidos já avançaram bastante nas questões de mobilidade urbana e o Brasil precisa também buscar soluções mais eficientes, pois, uma coisa é certa, não dá mais para continuar como está.
Não houve uma data exata para a construção do primeiro  automóvel, mas é certo que os primeiros veículos automotores foram adaptados conforme a tecnologia da época, para tornar as viagens mais rápidas. A primeira  demonstração foi em 1769 realizada por Nicolas Cugnot  na França, ele utiliza um motor  a vapor.  Em  1885  um carro foi criado por  Karol  Benz na Alemanha.   Ele  tinha 2 lugares e 3 rodas com velocidade de 13km/h.  Foi o primeiro automóvel a gasolina. A empresa francesa Panhard  et Levassor  iniciou a produção própria desses veículos em 1892.
Hoje várias empresas como Ferrari, Toyota, ford, GM, FIAT, entre outras,  vêm procurando investir em conforto e tecnologia e criação de novos carros cada vez mas avançados, o acesso a esses bens se popularizou devido a redução dos preços ou dos custos de fabricação e das linhas de créditos. Com isso, já está ficando maior o número de veículos comparado com o de gente, Mas   isso está deixando o trânsito  um caos  e aumentando o estresse do dia-a-dia. A pressa de ir e vir das pessoas aliada à péssima qualidade dos transportes públicos  estão deixando a vida de motoristas e pedestres  um inverno  e é por isso que vem acontecendo vários crimes no trânsito.
No meu entender,  os automóveis  deveriam contribuir para melhorar a vida das pessoas, mas estão se transformando em um grande vilão,  pois é muito grande o número de acidentes  envolvendo carros e motocicletas devido a imprudência no trânsito que vem aumentando e elevando as estatísticas de vítimas fatais. Mas o problema não está só na quantidade de veículos circulando, é  também uma questão de planejamento estratégico que as nossas cidades não tem. Não se investe em obras que possam melhorar a mobilidade urbana e a população que precisa se deslocar diuturnamente é quem sofre, e como sofre. Enquanto as empresas de transporte público lucram, os governos arrecadam com IPVA e outros impostos, a população enfrenta a superlotação nos ônibus e nos poucos metrôs de que dispõe. E o que fazer? Reclamar a  quem? A sensação que temos é de abandono, se há alguma autoridade preocupada com esses e outros problemas tão sérios que atingem a população brasileira, com certeza não tem força suficiente para empunhar a Constituição e fazer valer as tantas leis que "garantem" os direitos dos "cidadãos" desta nação. Então, se assim como estão as coisas, está dando certo para os que governam, se,  mesmo assim, eles se mantêm no poder sem grandes problemas, por que irão se esforçar para melhorar suas gestões? É muito cômodo prometer tudo nas campanhas eleitorais e quando no poder, vetar com mecanismos sutis todas as vias de participação da gestão e de fiscalização.  

Parece que a vida corrida do dia-a-dia  está deixando o ser humano irracional, principalmente os jovens que chegam até a promover rachas  colocando as suas vidas e as de outras pessoas em risco, isso é um absurdo. De acordo com o Detran nas rodovias federais e estaduais  e nas grandes cidades do país, há cerca de 45 milhões de veículos circulando no trânsito brasileiro. A  Organização Mundial de Saúde (OMS)  colocou o Brasil entre os países onde há maior número de acidentes,  principalmente de motocicletas, o nível é alarmante, a cada 30 segundos tem um acidente aqui,  são  mais de 43 mil por ano. Existe  uma campanha nacional para tentar reduzir esse número tão grande de acidentes de trânsito, ela acontece no mês de setembro, patrocinada pela Federação Nacional Automobilística (FIA)  e  Instituto Emersom  Fittipaldi. Na ocasião fazem  palestras e exibem vídeos  educativos  e informativos. São iniciativas positivas que surtem algum efeito, mas o problema se tornou muito sério que é preciso um consenso nacional em torno dessa problemática, pressão popular, como vem acontecendo nos últimos meses, até que o problema seja enfrentado como prioridade. A Lei Seca também é algo muito positivo, tem reduzido, e muito, o número de acidentes, creio eu, mas, com já ficou claro, não é só uma questão de consciência dos condutores, é preciso haver também consciência por parte dos que governam, eles tem o dever de construir a infraestrutura necessária  para o funcionamento dos sistemas públicos, é para isso que pagamos ou que os mantemos.
  está na hora de cada um  fazer a sua parte, tomando consciência dos perigos que as estradas oferecem,  sendo mais cuidadosos, pacientes, tolerantes  e respeitando as leis do trânsito, mas também vigilantes quanto a defesa de nossos direitos,  gestão pública, engajados nos problemas de nossa comunidade, atentos ao que está acontecendo em nosso país e no mundo. Pois,  só assim nos sentiremos de fato cidadãos construtores de uma nação, de um espaço dignos de nós mesmos, nosso de fato e de direito, sem as aberrações que tanto presenciamos.  Valorizemos mais  a vida,  Vamos vivê-la de maneira mais racional ou respeitosa.

terça-feira, 27 de agosto de 2013

Independência - 7 de setembro, dia da independência

Como vivenciamos ao longo da nossa trajetória  estudantil, sabemos que  as terras brasileiras foram descobertas em 1500  pelos portugueses  que chegaram aqui por acaso,  pois o seu destino era mesmo as  Índias. Ao se desviarem da rota por engano,  chegaram à costa brasileira  encontrando  a nova terra,  perceberam então que aqui era uma  boa terra, mas, o que eles não sabiam era que o lugar já era habitado por povos aos quais passaram  a  chamar genericamente de índios. Uma cultura completamente diferente, dois mundos que se chocam e desse choque surge o domínio dos portugueses sobre os outros. A partir daí nasce um projeto que resultou no país que conhecemos hoje ao qual chamamos de Brasil. Foram mais de três séculos de domínio colonial que instituiu um sistema escravista e uma economia de plantation, ou seja, todo um sistema voltado para atender aos interesses dos colonizadores. No início do século XIX, os acontecimentos políticos em Portugal (invasão das tropas de Napoleão)  forçaram a família  real portuguesa a se refugiar no Brasil que passou a ser a sede do reino  Português.
Com a chegada da família real,  Dom João VI,  teve de tomar medidas que levou a um desenvolvimento da colônia.  Foram  vários  construções como estradas, portos  e criou o Banco do Brasil etc. Estava tudo indo perfeitamente bem, até que a corte portuguesa  exigiu que dom João  retornasse a Portugal  pois, a sua presença estava sendo necessária. Ele  deixou seu filho Pedro de Alcântara  aqui  como príncipe regente  e  dando-lhe plenos poderes no Brasil,  que   se tornou Reino Unido de Portugal,  com sede no Rio de Janeiro.
Aproveitando-se dos sentimentos de revolta da população, a elite brasileira  convenceu  Pedro I a colocar os ideais  sobre a independência  em prática  aproveitando a conveniência  de aos olhos dos governantes de Portugal   ele  ter se tornado um rebelde, pois  não  obedecia às ordens vindas da corte  portuguesa.  Por esse motivo ele estava sendo pressionado a  voltar para Portugal, então,  em uma viajem a São Paulo, sob a pressão dos acontecimentos,  às margens do  Rio Ipiranga,  no dia 7 de setembro de 1882, conta a História que D.  PEDRO I deu o GRITO DE INDEPENDÊNCIA  se libertando de uma vez de Portugal. Foi então coroado imperador do Brasil,  mas teve que pagar a Portugal uma indenização e assim começou a nossa dívida externa. D. Pedro criou uma 1ª Constituição com os quatro poderes: legislativo,  executivo,  judiciário e o aberrante poder moderador que na prática controlaria os demais. Foram  várias as mudanças e transformações  no nosso país, sabemos que Pedro I teve depois de abdicar do poder em favor  de seu filho, D. Pedro II que, devido a pouca idade, não pode governar de imediato. Esses acontecimentos não foram suficientes para mudar de fato a vida do povo brasileiro e o clima de insatisfação perdurou. Rapidamente se percebeu que o problema não estava simplesmente no domínio português, pois os nossos dirigentes herdaram os mesmos vícios dos dirigentes portugueses, mantiveram a mesma estrutura insensível quanto as dificuldades do povo. Mesmo Independente de Portugal, o Brasil continua um país escravocrata, dominado por uma elite rural latifundiária em que a população “livre” vivia à margem das conquistas. Começa então um discurso contra o Império, em favor da República, a solução seria então derrubar o Império e instaurar a República em seu lugar.
Em 1888 é abolida a escravidão e no ano seguinte é proclamada a república, mas isso não trouxe as mudanças tão sonhadas pelo povo brasileiro. O Brasil segue sua história como um país atrasado, dominado pela aristocracia rural, com uma população sem direito a terra para trabalhar, sob o julgo dos proprietários de terra. Nas cidades crescem as favelas, a miséria e a desagregação social, o desemprego e a violência.
A partir de 1930 tivemos algumas fases de modernização econômica como a Era Vargas e o governo de Juscelino Kubitschek e o país se industrializou e se urbanizou. A partir do golpe de 1964, o país amagou 20 anos de ditadura militar, período de repressão, agravamento das diferenças sociais, concentração de renda, crescimento econômico favorecendo às elites empresarias locais e ao capital internacional. Veio a redemocratização, a constituição de 1988 estendendo direitos e garantias constitucionais aos cidadãos brasileiros,  claro que ao longo de toda a história houve melhorias significativas, mas o país ainda deixa muito a desejar, ainda é um país de contrastes sociais, de um povo que não tem acesso a saúde, educação, moradia, saneamento básico, enfim, não podemos dizer que conquistamos, de fato, a democracia, pois não há transparência nos governos em geral, a justiça quase sempre não funciona sobretudo para punir os mais favorecidos e o índice de confiabilidade na classe política é insignificante.
No cenário internacional o país manteve-se ao longo de sua história dependente economicamente, subserviente no campo político e culturalmente atrasado, importando tecnologia e ideologias ou valores culturais ou simbólicos. Só muito recentemente conquistou um pouco de independência econômica e respaldo político. Hoje integra o grupo dos chamados BRICs, com um certa liderança dentro do grupo e tenta firmar-se como líder na América Latina.
  Aproxima-se então o 7 de setembro, data de comemoração de nossa independência e é importante refletirmos sobre nossa nação, ver os erros, mas também os acertos, compreender a nossa história, pensar no futuro que queremos ajudar a construir, nos vermos nesse processo. Não podemos esquecer dos que lutaram no passado, que eles sirvam de inspiração para nós que somos seus herdeiros e beneficiários. Independente de qualquer coisa, viva o Brasil! Viva o povo brasileiro.



terça-feira, 13 de agosto de 2013

CONSUMO CONSCIENTE

Com o passar dos anos o estilo de vida do ser humano vem sofrendo grandes transformações, a Revolução Industrial, fruto do desenvolvimento científico trouxe grandes mudanças neste sentido. Nas últimas décadas as  pessoas tiveram suas oportunidades de melhoria de vida mais ampliada, as mulheres ganharam espaço no campo de trabalho, mas a vida ficou mais corrida, sem tempo para certas tarefas do cotidiano, assim cresceu o número de pessoas  que procuram facilidades para melhorar suas tarefas diárias.  Aí sugiram os  enlatados, comidas congeladas, sucos, leite em caixas,  refrigerantes etc., tudo para “facilitar a vida da gente”, mas isso vem trazendo  problemas, pois as pessoas jogam essas embalagens em qualquer lugar, nas ruas, nos rios, esgotos etc.,  e assim, causam grandes transtornos além do acúmulo de lixo, alagamento, desequilibrando o  meio ambiente. Então o que fazer? Vamos  aprender a utilizar mais racionalmente os recursos de que dispomos.
Há três formas de acabar com a quantidade de lixo que consumimos diariamente: a compostagem (tratar o lixo orgânico), reciclagem (reduz o consumo de matéria prima) e a incineração (queima o lixo). Para que possa ocorrer a compostagem e a reciclagem é preciso realizar a coleta seletiva. Ela surgiu no mundo em 1941, e no Brasil  em 1960, em São Paulo e no Rio de Janeiro. As formas de coleta seletiva são: porta a porta, PEV (posto de entrega voluntaria) e postos de troca.   Os materiais mais reciclados são: o alumínio, papel, plástico e vidro, pois são o que dão mais lucro ao  se transformam em produtos muito úteis  como taças , luminárias, bandeja, pufes vassouras etc.
Você sabe o tempo de decomposição desses materiais?  Vou  citar alguns:
- lata de alumínio - 200 anos
- lata em conserva  - 100 anos
- plástico - 450 anos
- madeira pintada - 100anos
- caixa de papel  - 3 anos
- jornais  - 6  meses
- copos de plástico - 50 anos
Como se vê, se não coletarmos o lixo e colocá-lo no lugar mais adequado, vamos chegar a um ponto em que os transtornos serão insuportáveis para nós mesmos. Já existem  latas de lixo com as cores certas para cada material como:  azul (papel), vermelho (plástico), amarelo (metal), verde (vidro),  marrom (orgânico), preto (madeira), laranja (resíduos tóxicos), roxo (resíduos radiativos) e branco (material hospitalar).

Então vamos colocar a mão consciência e na “massa”,  Cuidemos do meio ambiente ou pelo menos não o agridamos tanto!
Educação ambiental – Os 5 Rs.

                               
                                  


Reciclar – É utilização de matérias primas como plástico e alumínio de embalagens de produtos que seriam descartadas ou produtos que não são mais utilizados,  para serem transformados em coisas úteis.
Reduzir- Reduzir o consumo de materiais que prejudicam a natureza. Essa redução pode se dar tanto nos processos de produção como no consumo, dando-se preferência a produtos que impactem menos o ambiente.
Reutilizar- É uma forma de diminuir o lixo, e esses materiais podem ser reaproveitados por empresas e artesões que tem criatividade  de aproveitamento.
Recusar- Sempre que necessário não consumir produtos  que  prejudicam  o meio ambiente.
 Repensar- temos que pensar duas vezes antes de jogar esses materiais em qualquer lugar.



segunda-feira, 12 de agosto de 2013

A Violência Doméstica

A violência que vem  nos lares, também chamada de violência  doméstica,  uma prática  que acontece no âmbito familiar impetrada por pessoas próximas  do agredido,  como: marido, mulher, pais, filhos,  tios e avos. São agressões físicas, verbais, psicológicas e suas principais causas são: o alcoolismo, as drogas,  o ciúme doentio e as frustrações do dia a dia. Esses atos absurdos deixam marcas para sempre tanto moral como psicológica nas pessoas que podem necessitar de  acompanhamento psicológicos  para superar os traumas que marcarão suas vidas.
As vitimas mais frequentes desses abusos são as mulheres, 81,1%, contra crianças, 11,1%, portanto, as mulheres  padecem mais dessas agressões, cometidas em grande número por seus companheiros que dizem amá-las, mais que amor é esse? Que amor é esse que maltrata, machuca, denigre ou destrói sua autoestima.  Há companheiros que fazem tortura psicológica em suas parceiras, por anos, e, por medo, elas sofrem caladas.  Muitas vezes elas  se calam ou não os denunciam para preservar os filhos, mas o que me revolta mais ainda é a violência contra as crianças. Como  pais são capazes de torturar, agredir seus próprios filhos? Como isso é possível?  Se as pessoas que deveriam, ou melhor, têm obrigação de dar proteção,  amor e carrinho, ser o porto seguro,  as maltratam,  imaginem como fica a cabeça delas, o tamanho do trauma que provavelmente prejudicará o futuro profissional,  social e afetivo delas.   Ai pensemos,  o que devemos fazer para ajudar essas vítimas da violência?  Como ajudar? Sentimo-nos de mãos atadas. Mas, tem uma forma, acredito que campanhas de esclarecimento, palestras a respeito, conversas com nossos vizinhos sobre o que fazer e procurar saber como uma pessoa agredida pode acessar, por exemplo, a delegacia da mulher, conselho tutelar, a vara da família, ministério público etc.
Apesar de tudo, no caso das mulheres, elas estão de parabéns, pois,  por coragem e determinação e luta por justiça, Maria  da Penha,  uma mulher que teve sua vida transformada pelo ciúme,  ficou paraplégica,  mas lutou pela criação de uma lei, a Lei 11.340, decretada pelo Congresso Nacional e sancionada  pelo ex-presidente Lula  no dia 7 de agosto de 2006,  também chamada de “Lei Maria da Penha”, uma lei que pune os agressores  dessa violência  e já  completou 7 anos.


As mulheres que sofrem com esse problema, agora têm esse forte instrumento de defesa que se souberem usar podem dar um basta na situação e conquistarem o respeito e a dignidade que merecem. No caso das crianças, o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) e a criação dos Conselhos Tutelares foram fundamentais para o combate da violência contra esse grupo. É claro que isso não resolve tudo, é um processo, a sociedade vai avançando aos poucos e um instrumento pode ser mal utilizado e mesmo bem utilizado não vai dar conta de resolver tudo, mas já é um grande avanço que não permite retroagir mais.